Quando se
pensa que todas as batalhas de discriminação foram vencidas surge outra. Após a
escravatura, desigualdades de sexos, homofobia chega-nos o lookism. Um conceito desconhecido por mim até hoje e usado inicialmente
em 1978 pela The Washington Post Magazine.
Representa uma nova forma de discriminação, onde existe um tratamento
preferencial a pessoas atraentes e isso reflete-se na facilidade de arranjar
emprego e bons salários, amigos, companheiro, enfim ser-se bem-sucedido na
vida.
E porquê tanto
culto à aparência? As novas tendências da moda ou padrões de beleza são nos
transmitidos quase como por difusão. Os programas de televisão e as estrelas de
Hollywood mais ovacionadas, as revistas femininas com os mil truques de beleza,
emagrecimento, dicas de flirt e
afins. A indústria cosmética com as variadas inovações de rejuvenescimento e
até a medicina estética (as mais usuais rinoplastia, lipoaspiração, mamoplastia). Abster a isto só mesmo a viver dentro de uma bolha.
Não existe nada
que nos impeça de nos sentirmos satisfeitos com a nossa imagem, mas ultrapassar
todas as barreiras na natureza humana ou os códigos éticos de trabalho e
conduta não parece a melhor via a seguir. As pessoas não são feitas apenas do
que os olhos veem, mas sim da essência de cada um, as vezes é necessário um
pouco de bom senso e desmitificar estereótipos.